Oi, Novembro. Esses últimos meses antes de você têm sido difíceis, é que a vida longe de casa tem me ensinado muito... É como a literatura de Clarice: de repente, por um acontecimento, uma palavra torta, a consequência de uma atitude mal posta, assim, de repente, como em uma pequena epifania, se percebe com tamanha intensidade que a vida sem os amigos e sem a família realmente de nada vale. Isso é clichê. Dizer que a vida sem amizade e sem amor não faz sentido. Muitos dizem isso, mas poucos plenamente sentem isso. E eu tenho me sentido cansada... É um cansaço existencial, que vem de dentro da alma, cansaço que me mostra diariamente que minha força pra lutar pela vida, pelas pessoas, pelo mundo, vem de lugares que eu nunca imaginei. Vem das minhas pessoas. Tenho precisado de um afago, um aconchego, uma palavra amiga. Tenho precisado ver que esse cansaço um dia passa. E tenho precisado renovar a certeza de que a vida é uma só. Eu tenho aprendido muitas coisas. Mais coisas amargas que coisas bonitas. Só que isso serve pra gente aprender a dar mais valor nas nossas coisas bonitas, não é mesmo? Serve para entendermos que o mundo é mais leviano do que sempre imaginamos, e que sorte mesmo é quem tem um bocado de portos seguros, como eu tenho. Eu sinto tanta saudade... Da leveza. Da tranquilidade. Da ausência desse caos interior. Eu realmente espero que você seja melhor e mais doce, Novembro.


2 comentários:

ViniOrsolon disse...

Que assim seja! (:

Rodrigo Oliveira disse...

Oi! Vi que vc passou lá no blog. Não achei que alguém ainda via aquilo. Valeu pelo comentário :)
A resposta, no entanto, vou ficar devendo. Mas de coisas bonitas, basta ficar atenta. às vezes elas aparecem assim do nada, feito um abraço ou cafuné que surge de repente no box de cometários ;)

Postar um comentário