Você se lembra de que uma vez me perguntou por que eu voluntariamente me afastara das pessoas? Agora posso falar. É que não quero ser platônica em relação a mim mesma, Sou  profundamente derrotada pelo mundo em que vivo. Separei-me só por uns tempos por  causa de minha derrota e por sentir que os outros também eram derrotados. Então fechei-me numa individualização que se eu não tomasse cuidado poderia se transformar em solidão histérica ou contemplativa. - Clarice Lispector. 


2 comentários:

Unknown disse...

Esse texto é completamente ao contrario de você Ana!!!

Você sempre se levanta!!!

Saudades de tu! Torço para que esteja bem!

Um grande beijo

Ps. Espero poder ti ver logo!

AJ

Unknown disse...

Surpresas tão agradáveis têm recheado esses meus dias. Fico sorridente ao perceber que tens de mim uma imagem tão intensa quanto esta: "Você sempre se levanta!", palavras fortes e um tanto quanto motivadoras... "Você sempre se levanta!". Que todo meu ser possa absorver a essência dessas palavras. No entanto, explico-te melhor: é que tem sido fácil me contentar apenas com a minha presença, e nisso Clarice tem razão (como em tantas outras coisas), tem-se que tomar cuidado para não aprender a admirar a própria solidão. O próprio "dom" para a solidão. Então, quando percebo que estou me distanciando demais daqueles outros, que estou me tornando demais eu mesma (tenho essa tendência), eu me lembro que pode ser perigoso... Pode-se, de repente, se contentar em ter somente a si mesmo. O que seria pleno e ao mesmo tempo vazio. "Fundo sem fundo", como diria Gullar.

Obrigada por palavras tão carinhosas, saudades tenho de ti também. Aparece por ai mais vezes.

Vem me visitar, faço bolo e coloco Caetano para tocar <3

Abraço, AJ.

Postar um comentário